Autoconhecimento e consumo

Mulher sentada numa cama, usando calça jeans, camiseta e chapéu de palha

Você se conhece o suficiente para recusar o que não combina com sua personalidade?

Ou será que compra por comprar?

Durante muitos anos eu me deixei guiar pelas tendências.

Assim, as compras se tornaram um hábito, quase como um cafezinho da tarde.

Eu comprava praticamente toda semana.

Dessa forma, acumulei mais de trezentas peças no meu armário, das quais não usava nem um terço.

O drama de não ter o que vestir era constante e na verdade eu não tinha nem onde guardar tanta coisa.

Todo dia eu removia uma montanha de itens para cima da minha cama.

Depois, tentava escolher entre eles algo que fosse lisonjeiro para usar.

A falta de autoconhecimento

A falta de conhecimento sobre mim mesma aliada aos apelos frenéticos da indústria da moda se tornaram um coquetel do consumismo na minha vida e eu bebia com vontade.

Porém, quase oito anos depois, muita coisa mudou.

Pois tanto o conhecimento sobre mim mesma quanto sobre como a indústria da moda me abriram os olhos.

Foi fundamental para quebrar esse ciclo buscar me entender.

Isso me motivou a estudar mais sobre o assunto.

Tanto que me especializei em Educação Ambiental e Sustentabilidade.

Após isso eu me tornei uma entusiasta na prática do consumo de moda consciente e sustentável.

Passei a comprar mais em brechós.

E aboli algumas marcas e lojas da minha lista.

Hoje cerca de 60% do meu armário é composto de itens de segunda mão.

Mudei a maneira como compro

Eu não parei de comprar, mas não compro sem pensar e refletir.

Tenho um roteiro mental que sigo antes de escolher cada peça.

Sabe quando você olha para seu guarda-roupa e ama tudo o que tem lá dentro? E o melhor usa?

Hoje eu posso dizer isso.