Menos coisas em casa, mais espaço, mais tempo

Nunca fui uma pessoa minimalista, pelo contrário, eu bastante acumuladora.

Já cheguei a comprar seis pares de sapato de uma vez sem saber como iria pagá-los. Mas não pude resistir à promoção.

Porém, à medida que os anos foram passando, graças a Deus , fui acordando dessa visão pequena de acumular coisas.

Contudo, não foi nada fácil. Várias recaídas e muitos prejuízos.

Nós crescemos achando que o sucesso também está ligado ao acúmulo e que quanto mais coisas tivermos mais o mundo verá que vencemos.

Essa lógica nos leva a comprar para ostentar, para provar algo tanto para nós mesmos quanto para as pessoas.

Entretanto, essa mesma lógica nos conduz ao consumo desenfreado, a um viver de aparências, a comprar por comprar.

Em busca do essencial

Eu comecei meu processo de redução pela parte mais sensível do meu consumo: os itens de vestuário.

Depois que comecei a reduzir as roupas, calçados e bolsas, estendi essa visão aos espaços de casa também.

Quanto menos coisas entulhando o ambiente melhor.

Ter o essencial e o necessário, poupa-nos tempo.

Pois quanto mais coisas tivermos , mas tempo precisaremos para cuidar delas e manter tudo em ordem.

Todas nós queremos conforto, sucesso, bem-estar e felicidade.

Mas a publicidade associa felicidade a consumo exagerado de coisas.

Por isso, são muitos os que replicam essa postura de forma automática.

Não sou contra o consumo e nem posso, pois precisamos consumir.

Mas acredito que há mais alegria em um consumo consciente e planejado.

E o que seria esse consumo consciente? Um consumo que leva em consideração o que é essencial e o que preciso.

Além disso, um consumo que não se orienta por desejos ou motivações egoístas.

Casa essencialista

Após começar o processo de redução, resolvi trabalhar com cápsulas.

As roupas das cápsula ficam visíveis e não mexo nas que ficaram de fora.

Trabalhar com cápsulas me permite usar tudo o que possuo.

Além de me dar a oportunidade de expressar meu estilo com muito mais propósito.

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A mudança é de dentro para fora.

A mudança começa na sua mente.

Por isso é muito importante conhecer suas motivações e se conhecer.

Não adiante querer diminuir por diminuir ou porque o minimalismo aparentemente está na moda.

Se você acredita que precisa reduzir, mas ainda não sabe por onde começar, que tal fazê-lo pelo guarda-roupa?

Geralmente, para nós mulheres, essa é parte mais sensível.

No meu livro Moda Minimalista eu trabalho bastante essa mudança de mentalidade.

Isso, com teoria e prática para um guarda mais equilibrado me um mundo de excessos.

Cabeça e coração

Desentulhar a casa é um processo, leva tempo e deve ser feito com prudência.

Não dá para confiar só em sentimentos quando o assunto é organização, temos que usar a cabeça também.

Isso vale tanto para descartar itens que não mais usamos quanto para trazer novos itens para dentro de nossas casas.

Aquela panela elétrica de design lindo que foi amor à primeira vista?

Bom, pense três vezes antes de investir e veja se realmente terá utilidade na sua casa.

Importante: a redução de itens deve proporcionar conforto e não aflição.

Dicas para manter apenas o essencial dentro da sua casa

Pense duas vezes antes de comprar. Faça a si mesma algumas peguntas:

• Estou precisando disso na minha casa?
• Como vou usar esse item?
• Precisarei comprar outra coisa para que este objeto funcione ou fique harmonizado com o ambiente?
• Posso pagar por isso?
• Será que já não tenho algo em casa que faz o mesmo papel?
• Há espaço na minha casa para esse item?

Depois de responder essas perguntas com certeza você trará menos coisas para sua casa.

Evite também trazer coisas inúteis que você ganha por aí.

Confraternizações do trabalho sempre dão de brinde coisa inútil na maioria das vezes.

Se não for usar , não traga. Entregue para quem realmente precisa.

Não traga papel da rua para casa. Eu já fui a louca dos bloquinhos de papel.

Simplifique com prudência

Um cuidado que temos ter na hora de fazer a limpeza é analisar direitinho os itens.

Às vezes, queremos jogar fora algumas coisas por uma simples questão de estética.

Só para depois comprar um similar mais moderninho.

Mas, se está funcionando direitinho para que fazê-lo, não é mesmo?

Se o senso estético for muito grande, tente vender o item antigo antes de comprar o novo.

Mas você também pode pensar na economia de dinheiro ao manter um item aparentemente ultrapassado.

Contudo, que funciona muito melhor que alguns mais modernos.

Menos coisas em casa, mais espaço, mais tempo

Quando há menos coisas em casa, mais espaço, sobra mais tempo e consequentemente mais dinheiro economizado.

Investir em experiências como aquela viagem dos sonhos ou na aquisição de coisas que são realmente essenciais, necessárias, requer que renunciemos a outras.

Não precisamos de muito, mas queremos muito.

Às vezes nós julgamos que precisamos disso ou daquilo outro.

Mas, a verdade é que a maioria das coisas que compramos fica parada em algum lugar da casa e quase não usamos.

Onde podemos ter a certeza disso é dentro do nosso guarda-roupa.

Não usamos metade do que temos e isso mostra que não precisamos ter muito.

Por isso, temos que focar no que é essencial e deixar o supérfluo de lado.

Isso não significa que agora vamos racionalizar ao extremo e não comprar nada que nos agrade.

Mas, isso significa que vamos pesar na balança antes de trazer qualquer coisa que julgarmos necessária.

Um desejo

O meu desejo com esse post é dar aquele start em você para uma vida mais simples, com menos estresse.

Isso passa por ter menos coisas também.

Eu tenho sentido isso na prática depois de começar esse processo de redução e de constante análise antes de comprar um item novo.

Tem feito muita diferença para melhor! Ganhamos aqui em casa mais espaço, mais tempo e ganhamos também mais economia.

Abraço e um excelente dia!