
Aqui em casa nós gostamos de vez ou outra assistir a uns vídeos de um canal de humor intitulado “Embrulha para Viagem” e um dos personagens é o adolescente de quarenta anos.
Ele é retrato de quem parou no tempo e se recusa a crescer, que reclama de tudo e de todos, que não progride profissionalmente e que culpa as pessoas pelos seus fracassos.
Experimentamos a prolongação da imaturidade porque não tivermos o choque de realidade que nossos pais precisaram ter.
Crescemos em um ambiente um pouco mais amigável.
Por exemplo, meu pai trabalhou desde muito cedo, não havia espaço para pedir presente em virtude do dia das crianças ou ainda para reclamar de comida fria.
Meu irmão mais novo, por sua vez, recusava-se a comer se o arroz não estivesse soltinho.
Deu muito trabalho sempre para estudar, mas recebia dinheiro para passar de ano, o que eu considerava um absurdo, mesmo sendo ainda uma criança apenas quatro anos mais velha que ele.
Características de pessoas que se negam a crescer
As pessoas que negam a crescer possuem atitudes bem comuns entre si. Entre elas:
- Culpam a tudo e a todos pelo seu fracasso;
- Consideram-se donas da verdade e discutem até com especialistas, refutando suas ideias, mas sem fundamento;
- Gostam de receber e reclamam que não recebem, mas não conseguem ver que doam pouco de si;
- Estão sempre querendo tirar vantagem (é uma forma de se alimentar sem precisar trabalhar);
- Querem que os outros resolvam seus problemas;
- Não admitem quando estão erradas;
- Só pedem desculpas quando querem alguma coisa em troca;
- Gostam da diversão e fogem do trabalho;
- Não querem se adaptar;
- Gostam de ser tratadas como crianças;
- Possuem baixa tolerância ao fracasso;
- Iram-se facilmente e acham que tudo pode se resolver com uma boa birra.
Enfim, são crianças em corpos de adultos, são meninos que ainda não saíram do leite , mas acham que podem comer carne sem indigestão.
Como sair desse mar de mediocridade?

Primeiro, é preciso reconhecer que se está nele, ter humildade o suficiente para admitir que não buscou crescimento.
É preciso nadar contra a correnteza e com força.
Porque não há crescimento sem renúncia, sem desconforto.
Mas isso é o que o adulto criança mais teme, sair da zona de conforto, porque isso significa ter trabalho.
Segundo, é necessário planejamento e ação.
Para isso, fazer um balanço da vida, traçar metas, estudar, buscar realizar algo e parar de esperar que o mundo forneça tudo de bandeja são passos essenciais.
A tentação humana é sempre buscar o prazer e com isso permanecer imaturo.
Como diz o personagem Proginoskes, do livro “Um vento à porta” (volume II da série “Uma Dobra no Tempo”, de Madeleine L’Engle:
“Quando buscamos nosso próprio prazer como bem maior, situamo-nos no centro do universo. […] um homem ou estrela tem seu lugar no universo, mas nada criado é seu centro”
É só quando renunciamos ao eu, adquirimos responsabilidades e vemos que nossas ações ou a falta delas impactam a vida de outras pessoas, que começamos a amadurecer e a crescer.
Portanto, procure desenvolver seus dons e talentos, procure ser menos dependente dos outros.
Seja mais protagonista e se for para depender de algo ou alguém, dependa da graça de Deus.
Grande abraço!
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