
Hoje acordei pensando nessas três palavras: excesso, consumo e generosidade.
Há alguns anos eu estava no espectro do excesso e consumismo.
A generosidade não fazia parte de forma consistente do meu vocabulário.
Excessos
No meu livro , Moda Fora da Caixa, eu narro um pouco da minha história como consumista.
Eu realmente era um caso sério quando o assunto é consumo.
Consumia sem critérios, vivia de excessos de coisas e de novidades.
Era como se o ato de consumir coisas fizesse com que eu me sentisse mais importante.
Até perceber, pela graça de Deus que, ter menos não é ser menos.
Isso nada tem a ver com pobreza, a pobreza é feia e não devemos romantizá-la.
Mas o excesso também é feio, principalmente quando há tanta carência à nossa volta.
Os excessos, sem partilha, sem generosidade, podem virar uma espécie de “deus”.
E Deus nos afirma que toda avareza é idolatria.
Vivemos numa sociedade de consumo

Tudo é voltado para o consumo. O “deus” mercado cria novidades o tempo inteiro para nos fazer consumir e isso nos consome.
Somos seres consumidores, é fato, mas não precisamos trilhar a estrada do consumismo.
O consumo é algo normal. O consumismo é doentio.
O consumismo também revela o tamanho das desigualdades.
Muita gente com coisas sobrando, itens repetidos.
Tantas outras sem calçados nos pés.
O problema da pobreza

É nessas horas que vemos que o problema da pobreza poderia ser resolvido, se todos colaborassem de acordo com as suas posses.
Mas não há interesse nisso.
Nossa sociedade possui alguns indivíduos que têm prazer em ainda ostentar seus escravos, mesmo que com outros nomes.
Não estou dizendo que não mais existiriam desigualdades, mas que não haveria miséria, gente morrendo de fome enquanto outros jogam comida no lixo.
É por isso que Jesus nos diz que só haverá justiça no seu reino.
Porque na Terra, por mais que alguns se esforcem, nunca haverá erradicação da pobreza com governos humanos.
Uma geração caída, corrompida e cujo o “deus” é o próprio ventre, sempre será composta de humanos que se recusarão a olhar outro ser humano que possua menos que eles como um igual.
Então é pecado ser rico?
Claro que não. Mas colocar o coração nessas riquezas sim.
Não agir com generosidade , sim.
“Não ajunteis para vós outros tesouros na terra , onde a traça e a ferrugem tudo consome…”
Eis a questão: Tenha o suficiente para a vida que você deseja ou precisa, mas não se preocupe em ajuntar tantos tesouros aqui na Terra … eles não irão com você.
Contudo, podem fazer muita diferença na vida de quem está precisando do mínimo.
Excessos
Ter menos não é ser menos, não para Deus.
Para nossa sociedade doente que só se importa com os excessos e claro, valoriza e bajula que muito tem, ter muito é ser muito.
Mas não precisamos cair nessa cilada.
Generosidade

Mesmo que tenhamos muito, não ostentemos, sejamos gratos.
E uma vez concedido a nós o privilégio de poder repartir, façamo-lo com alegria.
Não faltará pão em nossa mesa, é só gerenciar bem os recursos.
Como diz a história do monge que agradeceu por ter doado uma moeda a um necessitado e este agradeceu dizendo:
” Eu que devo agradecer, pois pude ajudar”,
Que possamos entender o privilégio que é ter para doar!
Não, não precisa agora ficar só com um par de sapatos e uma muda de roupa.
Não é sobre isso que estou falando.
Só pense, reflita e seja grato por tudo o que tem e se puder ajudar, ajude. Planeje-se para isso.
Que a sua bênção abençoe a muitos outros.
Abraço!
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