
Esse domingo, na pregação ministrada por Silvia Kivitz na Ibab, uma frase ficou na minha mente: ” a tirania do extraordinário”.
Nós somos uma geração encorajada a buscar destaque em tudo. O feito não serve, precisa ser perfeito.
E assim vamos desgastando tanto nossa saúde mental quanto física, esquecendo de apreciar a paisagem no trajeto e nos preocupando apenas em chegar no destino.
A vida acelerada nos rouba a própria vida, porque esquecemos o que é viver quando nos ocupamos apenas em estar ocupados com a conquista do prêmio.
É preciso prestar atenção
A maioria de nós vive no automático e nem se pergunta por quê.
Levantamos pela manhã e vamos direto conferir nossas notificações.
Eu, por exemplo, precisei guardar o celular na gaveta da escrivaninha para ele não ser “minha primeira refeição do dia”.
Nós formamos maus hábitos com muita frequência, principalmente se houver alguma recompensa.
A vida digital, acelerada faz isso conosco.
Pois temos entretenimento na palma da mão, informação rasa e rápida e não paramos para refletir o custo disso no longo prazo.
Então, passamos a replicar esse modelo acelerado para nossas relações pessoais.
As conversas são rápidas, não há profundidade e isso se reflete inclusive no modo como nos relacionamos com Deus.
Dessa forma, o simples vira algo corriqueiro e é preciso algo muito impactante para nos fazer agradecer pelo óbvio.
Passamos a reclamar da graça.
Não conseguimos ver o quão abençoados somos.
A tirania do extraordinário
Não podemos deixar que a tirania do extraordinário nos tire o prazer das coisas simples.
Mas também não devemos levar uma vida simplista.
O extraordinário virá quando tivermos aprendido que cada dia, cada respiro e cada pequeno passo é um milagre.
Por isso, sejamos agradecidos. Não conformados, mas gratos, vivendo extraordinariamente o ordinário de cada dia, a vida comum, mas rica.
Rica da graça de Deus, das misericórdias que se renovam todas as manhãs, da esperança em Cristo Jesus.
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